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“Governo Americano reconhece a meditação como recurso terapêutico”

15 de dezembro de 2009

Os benefícios das técnicas de meditação à saúde já são reconhecidos pelo governo americano. Recentemente, o instituto NCCAM (National Center for Complementary and Alternative Medicine), órgão ligado NIH (National Institutes of Health), similar ao Ministério da Saúde do Brasil, publicou um estudo com a posição oficial da entidade sobre a meditação. A técnica foi classificada como um procedimento de saúde. Para formular a tese, o órgão consultou diversos artigos médicos no mundo e incluiu o trabalho de pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) que define operacionalmente a meditação.

O dr. Roberto Cardoso, autor do livro Medicina e meditação – Um médico ensina a meditar (MG Editores), é um dos responsáveis pelo artigo da Unifesp. “É um ganho memorável para um grupo latino que consegue cunhar um artigo conceitual em saúde. Esse estudo deve nortear o conceito de meditação em novos trabalhos sobre o tema no futuro”, afirma. Para Cardoso, a meditação começa a trilhar os passos da acupuntura no sentido de se tornar um recurso terapêutico reconhecido pela classe médica. Desde 1979, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estimula o uso da acupuntura no mundo.

Em sua terceira visita ao Brasil, em abril deste ano, o líder espiritual tibetano Tenzin Gyatso, o dalai-lama, defendeu mais pesquisas sobre o uso da meditação na saúde. Durante seminário no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo, ele falou sobre compaixão, ciência e espiritualidade a um público de quase 4 mil pessoas, entre elas médicos e professores.

“Pesquisas investigam qual parte do cérebro é ativada quando se faz meditação unidirecionada, meditação baseada na compaixão ou meditação com ausência de pensamentos. Os neurologistas têm descoberto conexões interessantes entre esses diferentes estados mentais”, disse o dalai-lama.

Em novembro do ano passado, em Washington, dalai-lama abriu o mais prestigioso congresso de neurocientistas do mundo, o Neuroscience. Diante de 14 mil pesquisadores do cérebro, ele discorreu sobre as práticas de meditação tibetana e suas virtudes terapêuticas.

Medicina e meditação

Roberto Cardoso não tem dúvidas sobre os benefícios das técnicas de meditação à saúde. Estudioso e praticante do método há 20 anos – e pesquisador do tema -, ele decidiu colocar no papel tudo que aprendeu. A preocupação principal, entretanto, foi dar respostas às pessoas que fogem da meditação por discordar do caráter místico-filosófico associado ao ato ou julgam a prática muito difícil. Em Medicina e meditação – Um médico ensina a meditar, Cardoso esclarece, de forma prática e eficiente, que não é necessário incorporar princípios místicos e/ou religiosos para entrar em contato consigo mesmo.

Aliando conhecimentos teóricos, prazer pessoal e experiência didática, Cardoso trata a meditação como um tema de saúde, apresentando os benefícios do método. Baseado em estudos e artigos publicados, ele explica o que é meditação e o bem que faz à saúde, além de ensinar várias técnicas. Para os que não conseguem se imaginar sentados, imóveis, por exemplo, existe a alternativa de meditar caminhando.

“Quando falamos em meditar, geralmente logo se imagina alguém muito sério, sisudo, sentado com as pernas cruzadas, com as mãos sobre os joelhos, os dedos formando círculos, e frequentemente repetindo sons que ninguém consegue entender. Na verdade, essa é uma falsa ideia, uma impressão distorcida. Para meditar, não é preciso ficar triste nem de ‘cara feia’; ao contrário, pode ser um momento de grande alegria”, afirma Cardoso.

O autor esclarece que meditar não é apenas parar, mas saber como parar, com técnica, densidade e harmonia. O primeiro passo, segundo ele, é admitir a necessidade de parar e olhar para si. “Criamos um paradigma de que ‘parar é perder’. Contudo, por alguns minutos por dia, poderíamos dizer que ‘parar é crescer'”, define.

Em 15 capítulos, a obra de Cardoso é diferente de tudo que já foi publicado sobre o tema. Em primeiro lugar, o autor corrige várias deficiências didáticas no ensino da meditação, como falta de definição operacional e ausência de foco na técnica (por excesso de discurso sobre os efeitos).

Acesse a página http://nccam.nih.gov/health/meditation para ler na íntegra o estudo da NCCAM (National Center for Complementary and Alternative Medicine).

Livro: Medicina e meditação – Um médico ensina a meditar
Autor: Roberto Cardoso
Editora: MG Editores
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.mgeditores.com.br

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